3 de nov. de 2012

Giro do Chimarrão 2 - Relato Ivã Boesing



Giro do Chimarrão II – 1000 Km de bike na estrada.

 

Antes de iniciar o relato da prova propriamente dita, preciso retroceder ao final da prova de 600, que teve final em um domingo de muito sol em Porto Alegre. Cheguei com a mão bastante dolorida, o que descobri na segunda-feira tratar-se de uma fratura em espiral do 5o Metacarpiano, um dos ossinhos da mão. “Pronto, se foi o 1000”, foi a primeira coisa que pensei ao ver o raio X da mão esquerda. Estávamos no início de setembro e faltavam exatamente 7 semanas para o Giro do Chimarrão.


O diagnóstico: no mínimo 4 semanas de gesso. Complicada a minha situação, teria apenas 2 semanas de treino. Tentei treinar no rolo na primeira semana, mas o rolo é MUITO chato. Não consegui pedalar por mais de meia hora e o abandonei. Sobrou cuidar da alimentação.... Tentar não recuperar muito peso, um medo que rondava a minha mente, já que só recentemente recuperei o meu peso ideal, diminuindo 20kg na balança.

Na quarta semana, com a ajuda de uma TV e um ventilador, consegui treinar no rolo. 01:30, depois quase 2 horas. O médico então me dá mais uma notícia: preciso da 5a semana com gesso para estabilizar a fratura. Aproveito bem o rolo. Feito. Passou a semana e na sexta eu tiro o gesso. Olho o raio X, mas parece que a fratura não evoluiu nada. Existe sinais de consolidação, diz o médico. Me incentiva a pedalar. Eu tenho medo. No sábado não vou. Pedalo no rolo e me sinto bem. Ganhei a segurança que precisava. No Domingo vou para a rua. Voltinha curta, 42km. É domingo de eleições, a cidade está agitada e o trânsito intenso. Faço um tempo normal (˜1:30), mas são os batimentos cardíacos que me preocupam. Oscilando entre 170 e 180. Muito mais alto do que o meu “normal” (por volta de 140). Começo a aumentar as distâncias. 60, 80 km. Me sinto bem. “Ó, acho que vai dar”, penso eu.

Chega o fim de semana anterior a grande prova. Meu grande teste: preciso fechar 240km para ir para a largada. Consigo, dos quais 150 sozinho e com um super vento lateral. Quem pedala sabe, vento lateral é pior que vento contra! Me animo. Na segunda, semana da prova, treino de recuperação, 80 km. Tudo corre bem e inicio o descanso e a “preparação alimentícia”. Para um ex obeso, essa é a melhor parte: Carne e massas liberadas! Delícia! Aproveito para fechar a estratégia da prova. Combino alguns detalhes com o Daniel (Scartezini, de Lajeado), entre eles o de começar e terminar a prova juntos, aconteça o que acontecer. Tudo pronto!



Chega o dia tão sonhado e temido. Uma quinta-feira. Eu estava muito ansioso no dia anterior. Dormi bem, mas ansioso. Sabia que faria pelo menos 240km da prova. O que viesse além disso seria lucro! Sempre no pensamento Randonnee: só mais 50km e vamos ver o que acontece.

Encontro velhos amigos na largada. Daqueles que a gente só enxerga nos brevets. O Fábio aparece lá também para dar uma força. “Much appreciated”, Fábio. Largamos. Uma das coisas que havia combinado com o Daniel era pra sentar a bota desde o início, já que o sono viria da mesma forma, indo devagar ou rápido. Então era melhor ir rápido. Quando furou o primeiro pneu, meu, no km 70, a média estava em 29.5km/h. Bem boa para um Audax 1000 heheheh. Não consigo encher muito o pneu furado, o que me faz parar novamente 5km adiante, acho que no único posto que não dispunha de um compressor de ar. Encho manualmente e nos mandamos para o PC1. Trajeto interrompido por um novo furo, desta vez do Daniel. Ele tinha um daqueles cartuchos de CO2. Que maravilha isso!! Enche o pneu até 100 libras sem usar bomba!! “Não pedalo mais sem isso”, pensei.

Chegamos no PC1, km 120. Torradas, café e Gatorade e vamos rumo ao PC2. Acho que tinha um vento a favor, pois estava muito bom de pedalar. Nesse momento já conhecia o Tim, de Brasília. O chamávamos de “Mutante”, pois pedalava muito e parava muito pouco. Chegamos no Posto Franck e nova parada para alimentação e hidratação. Vamos até a venda do seu Dario, PC02 km 210.

Alimentação rápida e na volta alcançamos o pelotão que estava “puxando” o brevet. Voltamos ao Franck, e lá nos esperava aquela massinha, a melhor de beira de estrada que eu conheço. Como até não aguentar mais. 4 pratos de massa!!! Aí vem a belezinha, 40 km só de descidas praticamente e chegamos de volta a Raabelandia, PC04 Km 300. Estávamos em 5 ciclistas, mais o Tim que aparecia e sumia a toda hora. Um deles vai dormir e nós nos bandeamos para Cachoeira do Sul, em busca do PC04. Antes disso, paramos no Restaurante Papagaio, velho conhecido das viagens para o Uruguai, de carro, para alimentação. Até ali, o trânsito intenso de caminhões nos atrapalha, mas ao sair da BR rumo a Cachoeira o trânsito praticamente acaba.

Pedalamos tranquilamente até o PC04, km 374, onde mais um opta por descansar. Seguimos firme no planejamento, que era chegar no PC6, Cruz Alta, Km 595, para dormir. Eu muito feliz, já tinha feito quase 400km e estava bem. Mas aí começaram os problemas. Saímos do PC04 quase 3:30 da madrugada. O frio e o sono começaram a bater... Estávamos em 4. O Tim tinha se juntado de forma “mais ou menos” definitiva ao grupo. Também tinha o Rodyer, ciclista dos bons lá de Curitiba. Mais uma amizade “da estrada”. Ele, assim como o Tim, já haviam feito o Paris-Brest-Paris (1200km) e a toda hora nos davam dicas de como suportar as longas distâncias. Chegamos no PA Tenda do Naldo, que devido ao horário ainda estava fechado. Ouvimos barulho de TV ligada dentro da tenda, mas não conseguimos que abrissem para nós. 2 deitaram no chão mesmo, na varanda da tenda. O Tim ficou tentando dormir usando o capacete como travesseiro. Eu tentei dormir sentado, mas o frio era tanto que fiquei de pé mesmo. Não sei ao certo, mas acho que ficamos quase 1 hora ali. Estava muito frio. Eu pensava em acordar os amigos, mas ao mesmo tempo ficava com pena e pensava “Deixa eles dormirem mais 5 minutos”. Esse pensamento se repetiu várias vezes, até que um acordou e aproveitamos a deixa para partir. Com sono, frio e sem a reposição energética adequada, pedalamos até Candelária onde paramos em um posto que tinha acabado de abrir. Ali conseguimos alimentação razoável. Nada muito perto do que gostaríamos, mas deu para quebrar o galho.

Bora subir a serra? E QUE serra. Com todo o desgaste, aqueles 6.4km com inclinação entre 8 e 12% foram muito mais do que desafiadores. Eu pedalava sem olhar para o velocímetro para não entrar em desespero. Ia a 12km/h. Muitas vezes espiava e estava em 8km/h. Ou 6. Fazia contas. Vai demorar quase 1 hora para subir isso tudo. Olhava o tempo e a quilometragem. Nada evoluía na velocidade que eu queria. Suava. E muito. Mas como não há bem que dure para sempre e nem mal que nunca acabe, chegamos no “topo” da serra, PC05 km 466. Alimentação e hidratação farta. Acho que comi umas 4 torradas e devo ter tomado por baixo 2 litros de agua e Gatorade.

Saindo dali eu tinha a ilusão que o pior havia passado. Nada poderia ser pior que aquela serra dos infernos. Mais uma vez, eu estava enganado. Começou uma sequencia de descidas e subidas longas e desgastantes. Cheguei ao ponto de ODIAR descidas, pois sabia que em seguida haveria uma subida. Chegamos enfim e Estrela Velha, onde almocei muita batata doce no restaurante da rodoviária. A simpática dona do restaurante nos disse que dali a Cruz Alta a estrada melhorava, mas foi somente em parte. Dali até Cruz Alta foi para mim o pior trecho. Talvez pelo cansaço, talvez pela falta de estrutura. Pedalamos vários quilômetros sem opção de alimentação e também sem dispor de reposição de água. Foi difícil. Muito difícil. Só não desisti porque era mais difícil desistir do que continuar. Depois de muito sofrer e com VÁRIAS paradas nas poucas sombras que havia na estrada (e o calorão de 35 graus), chegamos a BR 158, perto de Cruz Alta. Mais emoção: desta vez os caminhões tirando fino e nos jogando para o acostamento (inexistente) ditavam o tom da adrenalina. Ainda vi o Tim passar por cima de um pedaço de pneu e furar o dele. Chegamos enfim ao PC06, Hotel California, Km 595, onde eu tinha um quarto reservado. Ainda pensei quando estava chegando ao hotel em ligar para o meu irmão vir me buscar e desistir da prova. Mas com a experiência (pouca) já acumulada, resolvi dormir primeiro para ver o que iria acontecer.

O banho e o sono foram restauradores. Dormi 5 horas como se fossem um piscar de olhos. Tomamos café e partimos em 3. Quando estava saindo do hotel ainda vi um ciclista chegando, as 2:00 da manha. Pensei comigo: “Esse cara é guerreiro pra caramba, vai dormir pouco ou nada, será que vai completar?”. E completou, encontrei com ele na entrega das medalhas.

Com o cansaço em dia, saímos sentando a bota e sabendo que só haveria alimentação dali a 86km. Tudo fechado na beira de estrada. Também, naquele horário.... Hora de usar as barras de cereal e sachês de carbogel que eu estava carregando. O Daniel furou mais um pneu e tive a oportunidade de ver aquele cartucho de CO2 trabalhando novamente. Que maravilha. Chegamos no PC07, km 681, as 6 da manhã. Lá encontramos mais ciclistas que haviam saído um pouco mais cedo do hotel.
Parada rápida e saímos para subir ao “teto do mundo”, Soledade. Cheguei a ver 740m de altitude no gps da bike. A estrada estava cheia de “panelas”, um risco iminente de tombo, mas o acostamento estava bom, fato raro. Então aproveitamos. Organizamos um pelotão para combater o vento contra, cada um puxava 1km e trocava ao comando do Daniel. Funcionou maravilhosamente bem e chegamos rapidamente a Soledade, onde paramos a beira de uma estradinha de pinheiros, com o barulho do vento nos chamando para uma soneca. Foi difícil resistir, mas rumamos para o Restaurante do Carlao, próximo ponto de apoio com alimentação. Chegamos lá com tranquilidade, trecho mais ou menos plano. Subidas e descidas leves. Eu sabia que haveria uma descida e uma subida forte antes de descermos a serra de vez e estava na expectativa.

Ô torradinha demorada essa do Carlao. Acabamos gastando MUITO mais tempo que o planejado na parada. Incrivelmente não tinha água sem gás também. Vai agua da torneira, o que nos serviram com gelo para por na caramanhola. Muito obrigado pessoal do restaurante! O gelo derrete em seguida, mas um bom atendimento pode ser a melhor recompensa.

Enfim a encontrei: a terrível “última lomba”. Subida difícil. Estava quente. O suor jorrava... O Daniel que sobe muito se mandou. Eu fiquei para trás, mas quando a inclinação deu uma aliviada consegui alcançar o pessoal. Chegamos no PC08, km 792, ao meio dia. Bem na hora no almoço!! E tinha batata doce! Me atraquei.....

Conversando com o dono do restaurante, descobri que ainda havia mais uma subida a ser vencida, para aí sim descermos a serra. Subidinha braba, mas curta. Chegou enfim o momento de realizarmos o investimento de 700m de altitude. Que delíciaaaaa...... Vários km só em descida, mas sentando a bota. “É proibido usar o freio” ainda berrei. Será que precisava?

Depois da descida, mais um trecho de pedal duro. O cansaço começava a apresentar suas credenciais novamente. Chegamos no entroncamento com a RST287, rodovia muito movimentada e sem acostamento. Estávamos em 6 ciclistas. Tenso. Era caminhão tirando fino da orelha a cada minuto. Felizmente conseguimos passar por aquele trecho de 10km sem nenhum incidente grave e chegamos ao PC09, Km 855, em Santa Cruz do Sul. Estava lá o Fabio Hemb, amigo e parceiro de treinos, e para surpresa geral o restaurante estava fechado. Havia pizzas providenciadas pela organização e conseguimos bebidas no posto ao lado. Nesse ponto, bem como quando cheguei no hotel em Cruz Alta, eu estava com muita dor na sola dos pés. Já tinha sentido isso antes, mas dessa vez acredito estar bem mais forte por causa do esforço. Fiquei um tempo de pés descalços e troquei a meia, o que ajudou um pouco. Ainda terei que fazer novas experimentações para descobrir a causa raiz dessa dor, bem como a sua solução de contorno ou definitiva.

Tempo para um chopp na Oktoberfest? Só na volta! Saímos dali rapidamente temendo a chuva que se aproximava. Rumo ao tradicional PPP (Pesque Pague Panorama). Eu estava indo percorrer o trecho que me custou 2 tombos no Audax 600. Não encontrei o cachorro amarelo, mas acho que vi o buraco que me derrubou naquela noite esfumacenta e molhada do dia 02/09. Desta vez sem percalços.

Cheguei esbaforido ao Panorama. Na capa da gaita, como se diz na gíria gaudéria. Estava sentindo a falta de preparação adequada, o tempo parado, o cansaço acumulado e o sono. Já estava na estrada a quase 60 horas. Os pensamentos de desistência rondam minha mente. Mas desistir ali? Faltando 100Km?!? A galera de Lajeado anima os ciclistas. Riem fácil. Nos incentivam. Depois da massa, me animo e voltamos para a estrada. Continuamos em 6.

Já é noite quando temos mais um pneu furado no grupo. Logo após a ponte de São Jerônimo. Alguma coisa dá errada no conserto, não sei bem o que, pois estava um pouco afastado do grupo de “borracheiros”. Peço licença e rumo sozinho ate o PC10, o último, km 957. Estava estressado com os mosquitos me mordendo e voando em volta da minha orelha. Combino de reencontrar o grupo no PC. Vou devagar, cansado. Tanto que chego no PC uns 2 minutos apenas antes do grupo. Km 957..... Falta tão pouco agora.... Da pra ir até empurrando a bike. É assim que eu fortaleço o meu psicológico e espanto novamente os pensamentos negativos. Os pés incomodam.

Saímos dali pedalando forte. Um pouco motivado pelos relâmpagos e risco iminente de chuva. Impressionante o ritmo depois de quase 1000 km rodados. O vento ajuda. Sopra leve a favor. Passamos o retão da Br290 e começo a ver as pontes do Guaiba! Que visão maravilhosa. Me emociono, estamos chegando!!! Chegando!!!

Um pouco antes da meia noite, enfim, DC Navegantes! Tudo fechado. Não tenho onde tomar o tradicional chopp da chegada! A galera rapidamente se dispersa. Rumam para um justo e merecido sono. Eu não consigo dormir antes das 3 da manha. Interessante: estava morrendo de sono e agora não consigo dormir! Coisas do corpo humano. Mas nada que impedisse a minha chegada para a festa de premiação, ao meio dia do dia seguinte! Vejo ciclistas que acabaram de chegar. Outros de banho tomado. Outros sem dormir. Amazing!

Seção de agradecimentos:

Eu queria fugir de nominar as pessoas, pois certamente cometerei a falha de esquecer de alguma, talvez a mais importante. Mas não consegui encontrar outra forma. Automaticamente me permito a adicionar mais pessoas a meu bel prazer. :-)

"And the Oscar goes to......"

Adriane e Daniela, minhas amadas, obrigado por segurar as pontas enquanto estou longe de casa. Obrigado por sempre me incentivar nas 480 horas e 19 minutos que já "gastei" pedalando. Por VIBRAR quando eu faço um tempo bom e isso me incentivar a fazer sempre o meu melhor. E um pouco mais. Podem ter certeza que sempre penso nisso logo apos o pensamento de desistir de tudo.

Marcelo Sandrini, o cara que me apresentou o ciclismo. Me emprestou a bike dele! (eu não emprestaria a minha para um pica pau kkkkkk). Me ensinou MUITO! Me convenceu a fazer o primeiro Audax (eu jamais iria sozinho!!), que completou junto comigo.

Meu irmãozinho Alan Boer, sempre incansável no apoio! Nas provas e no treinamento! Sem contar as cornetas motivadoras.... Sempre muito bem vindas! Sem ele eu não teria completado o Audax 200 e talvez desistido no meio do caminho (bem, no início do caminho ne?).

Meu Pai e minha Mae, Oto e Nadir, que sempre me esperam acordados para um papo na volta dos treinos (seja 1 ou 2 da manha, não importa). E organizam a bagunça que faço no meu material de ciclismo!

A minha Tia Noraci Kramatschek, que guarda a minha bike na casa dela e sempre deixa as caramanholas cheias de agua geladinha. Junto com a Vó Elsa, que sempre pede pra eu não me machucar, o que eu tento seguir sempre a risca mas nem sempre consigo Vó. E o Felipe Sandrini, sempre com umas dicas sobre preparação física. Esse aí vai dar bom!

Amigo e irmão Cesar Dosso, me ensinou MUITO também. Obrigado por todas as dicas, companhias de treino e incentivo. És um grande cara que conheci por "acaso" num desafio 130km. Nada é por acaso. E trata de gelar aquela Guiness que estou a cada dia com mais sede... :)

Fabio Hemb, Fabio Kraemer, Alexandre Pedroso, grandes parcerias. Galera que não tem medo de ir para e estrada e sentar a bota. Aprendi muito com vocês!! E aquela mensagem do Fabio outro dia tá louco! De derrubar peão. Muito obrigado mesmo!

Danielle Miranda Lopes, que me ajudou a criar o musculo da perna aquele para a subida de Candelária, entre tantos outras dicas.

E o Daniel Scartezini, que literalmente me ajuntou do chão no 600, me incentivando a continuar se eu quisesse. Grande parceria! Fizemos todo o 600 e o 1000 juntos. Sabe muito!
A galera de Lajeado, que é pilhada ao extremo. O Eduardo não completou o 600 de Poa e na chegada já estava fazendo a inscrição para o 600 de Floripa, onde matou a pau. Valeu pela ajuda lá no Panorama, eu tava na m.... mesmo lá....

O Grande ciclista e Dr Gustavo Moschen, que cuidou da minha mão quebrada e ainda me incentivou a treinar, quando eu mesmo tinha medo. Muito mais que um médico, um verdadeiro amigo que conheci nas estradas também!

O Lisandro Magnus, que me emprestou uma bomba de bike antes dos 600 e ate agora não devolvi. Reza a lenda que um dia isso irá acontecer. Foi junto no "Pedal da Chuvarada", 240km embaixo de muita agua. Eu precisava fazer, pois era a ultima chance de treinar antes dos 600, mas só camaradas de fé mesmo pra fazer companhia naquele dia.

E o Rafael Cordeiro, que topou lubrificar a bike 1 dia antes dos 1000. E fez tudo para que ela ficasse redondinha. E não é que ficou mesmo! Bala Rafael!

E o pessoal do escritório, que pararam de pedalar? Bora lá Richard Silveira, Ricardo Pinheiro e Viviane Lima? Sempre incentivando e dando dicas disso e daquilo. Sem falar do Gediel, praticamente médico do joelho. Sabe muito. E o Rodrigo Loureiro, sempre "cobrando" resultados eheheheh.
Obrigado também ao pessoal da SAC, por organizar e nos dar a oportunidade de pedalar esses brevets gigantes!

As amizades que fiz no ciclismo, sempre grandes espelhos e motivadores. Sintam-se todos abraçados.

A todos que me incentivaram a completar o Audax 1000, com incentivos ou através do "German Style" (eu duvido!).

As minhas 3 bikes (bem, a primeira é do Marcelo). A popular “Bike do Daer”, minha primeira, uma MTB com pneus 1.0 que foi comigo ate a prova dos 400. E a de estrada, que fez comigo os 600 e 1000. Vocês são o meu melhor remédio (by Fabio Kraemer). Com vocês consegui reverter TODOS os indicadores de vida que estavam apontando para o beleléu.

Por ultimo mas não menos importante, ao cachorro amarelo de Vale Verde, que me mostrou mais uma faceta da palavra SUPERACAO!

Muito obrigado meus AMIGOS!


Ivã Dagoberto Boesing
(51)9177 5620
http://www.facebook.com/iva.boesing

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1 Responses to “Giro do Chimarrão 2 - Relato Ivã Boesing”

Anonymous disse...
7 de novembro de 2012 às 02:56

Muito bacana o relato! Parabéns Ivã! Nos 400 da SAC, um cachorro amarelo também quase me derrubou na descida entre o posto Frank e Raabelandia! Será que foi o mesmo? hehehehe. Abraço!
Fabio Guariglia - SP


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