3 de mai. de 2008
Sobre como (não) foi a prova.
Para quem reside em Porto Alegre e cercanias já sabe: desde ontem chove sem parar, e em vários bairros e cidades inteiras estamos sem energia elétrica há muitas horas.
A organização estava na ETA desde ontem final da tarde. Acompanhamos a montagem das coberturas onde seria instalado palco, bancas, etc. Tudo sob chuva, muita chuva. e vento. Muito vento.
No início da noite foram chegados os inscritos que iriam pernoitar na ETA. Gente de várias cidades do RS, SC, PR. E chovia...
A empresa encarregada da montagem do sistema audiovisual preparou o auditório para podermos realizar o briefing: telão, som, tudo testado e funcionando.
E chovia...
Jantamos, cardápio rico em carboidratos (massa, aipim, batatas), conversas agradáveis, reencontros e a pergunta: será que para a chuva ?
Não parava.
A Organização reúne-se e delibera que somente tendo uma visão da estrada e condições na hora da largada poderia decidir pela não realização da prova nesta data.
E chovia...
Por volta da 1h00 da madrugada, quando os ciclistas já estavam dormindo e estávamos fazendo os últimos preparativos, falta energia em toda região;
Sem mais o que fazer, tentamos dormir ao som do vento forte e da chuva.
Às 4h00 acordamos e constatamos que: a) a luz não voltou; b) chovia mais forte ainda; c) o vento derrubou toda a estrutura aramada na véspera, além de arrancar árvores de grande porte ao lado do prédio onde faríamos o brieifing.
Decidimos enviar uma equipe para averiguar a rodovia, e após algum tempo os fiscais Grace e Orlei trouxeram o relato do quanto intransitável estava o acostamento já nos primeiros 10 km do trajeto, por conta da terra, galhos e outros materiais acumulados, sem esquecer do fortíssimos vento que balançava até mesmo o carro.
Às 5h38min recebemos uma ligação da concessionária da rodovia, informando que nao teriam gente para acompanhar a largada, pois estavam com todo o efetivo concentrado em atender as demandas ao logo da rodovia. E às 5h53 a Polícia Rodoviária Estadual telefonou e o Sargento Martins relatou que três acidentes tinham ocorrido até aquele momento, além da água estar cobrindo a pista por completo pouco antes de Capão da Porteira, quase chegando em Capivari do Sul.
Diante de todo este quadro, às 6h15min reunimos todos os fiscais e diretores da prova perante os participantes ali presentes (cerca de 50 pessoas, de um total de 129 inscritos) e declaramos que, "Considerando que foi cuidadosamente verificado o estado da rodovia, consultada a previsão do tempo e recebidos informes das autoridades responsáveis pelo trecho, e não obstante contarmos com 3 ambulâncias contratadas, uma ambulância da Univias, uma equipe de atendentes da Prefeitura de Capivari do Sul, 4 carros da fiscalização com sinalização luminosa, 16 voluntários trabalhando dedicadamente, NÃO TEMOS CONDIÇÕES DE GARANTIR A SEGURANÇA DOS PARTICIPANTES NA PROVA, DECIDINDO ASSIM PELA SUSPENSÃO DA MESMA, E TENTAR BUSCAR A REALIZAÇÃO EM DATA MAIS OPORTUNA".
Após várias manifestações dos participantes, foi solicitado aos presentes que manifestassem apoio ou inconformidade à decisão, sendo unânime a aprovação da decisão da direção da prova.
Todos os esforços agora são para agendar uma nova data, informando-se desde já que estão mantidas as inscrições já realizadas, e comunicaremos oportunamente o quanto venha as ser deliberado sobre a nova data.
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1 Responses to “Sobre como (não) foi a prova.”
3 de maio de 2008 às 16:14
Primeiramente boa noite e ainda com muita chuva...
Seria minha estréia no AUDAX, uma vez que somos triathletas..
Desde nosso deslocamento de PoA para Viamão em torno das 5:00 hs da manhã, quando saimos do B. Menino Deus que já encontrava-se totalmente as escuras em virtude do mau tempo, iamos pelo caminho imaginando como seria a prova, que já têm seu grau de dificuldade natural e ainda com aquela situação adversa proporcionada pela tempestade que imperava até o momento.
Chegando a ETA, local para largada, vimos vários ciclistas que apesar da chuva e da probabilidade de não haver a largada, com uma animação impar e mantendo um grande hambiente de amizade e confraternização, foi quando vimos a equipe de apoio realizando o primeiro resgate a um ciclista, ou seja, resgate antes de iniciarmos a prova, com sabia decisão demonstrando o zelo pela integridade dos atletas inscritos e ainda o grande grau de profissioanlismo o Sr. Marcelo Luca, faz a sabia decisão em cancelar a largada e mesmo com o peso desta atitude faz uma explanação para o publico presente que o apoia em sua total maioria.
Em virtude destes fatos, acredito que o ambiente e a confraternização AUDAX foi e é um grande exemplo de espirito esportivo, colocando sempre em primeiro lugar a integridade dos participantes.
E utilizando as palavras do Marcelo, espero que a minha relãção com o AUDAX (organização) seja de longa duração e sincera amizade.
E assim a estaremos na próxima prova com data a ser agendada.
Alexandre Bittencourt (Deco)
Equipe Daniel REch & RunningCompany
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