29 de abr. de 2009

300 km - relato Rolf Hinrichs

São histórias como essa do Rolf, que fazem a gente passar 20 horas na estrada e ainda achar divertido!! Rolf quando vc me ligou pedindo resgate, eu nao percebi que era vc, só anotei o local que vcs estavam para mandar o carro.


uma fotinha da turma da saga do pneu...

Em primeiro lugar parabéns pela bela organização do Audax 300. Tivemos sorte em tudo, o clima muito bom, a cooperação da polícia, o apoio gastronômico (quem teve a idéia daquelas cucas maravilhosas em Santa Cruz?). Muita gente conhecida, fazendo surgir o velho “clima Audax” que só entende quem participa com alguma regularidade...


A cuca?? sempre foi famosa no Audax, mas claro que a idéia foi minha, com a ajuda da Lidiane de Santa Cruz que encomendou e levou pro hotel é claro!!

Em segundo lugar quero narrar o causo abaixo, que reforça o escrito acima: eu tive sorte em tudo. Seguindo a leitura, vais concordar comigo. Pedalando junto com o Armando e o Lazzari (estes veteranos têm um ritmo muito bom de pedalada, além de histórias e experiências muito interessantes) desde Minas do Butiá, estávamos chegando a São Jerônimo quando o Klaus se juntou a nós após lanchar no Seibert (a fama é de que ele também bebe cerveja nestas ocasiões). Na altura da lombada eletrônica de São Jerônimo me fura um pneu. O Klaus prontamente exclama “Ah, sim, um cliente em potencial!” – é que ele vende pneus especiais com um Mr.Tuffi integrados. E o Armando localiza um rico lugar para consertar o pneu. Até aí, é quase rotina. Mas não o que vem a seguir. Ao fazer a troca do pneu e colocar uma câmara nova, zerada, esta estourou juntamente com o pneu, que ficou imprestável. Enquanto o Klaus consumia uma latinha de cerveja gelada (aí não é mais fama, eu vi com os meus olhos), o Armando e o Lazzari se esmeravam em fazer um milagre com o pneu e a câmara estourados. Resultado, exceto por uma pequena bolha, dava para rodar novamente. Após encher o pneu e recolher as ferramentas, segue normalmente a viagem. Até Charqueadas. Em Charqueadas fura o pneu de novo. Aí chega o Erich Brack, de Santa Cruz. Ele aproveitou de manhã para dormir um pouco e veio de Santa Cruz até Charqueadas sem encontrar ninguém. Os primeiros parceiros encontrados fomos nós quatro. Logo assumiu a situação e deu um monte de idéias como, a partir do que sobrou de câmaras, a gente poderia resolver a situação. Só que as coisas não estavam funcionando e o tempo apertando. Foi quando ele berrou para o Lúcio, que estava de passagem: “Tu tens um pneu de reserva?”. “Bom”, pensei comigo, “esta não vai funcionar. Não pode”. Lúcio berra de volta: “Só se for 700”. E era justamente o pneu que eu precisava. O Lúcio tinha cortado dois pneus no Audax anterior e estava prevenido. O pneu serviu, e eu fui pedalando com pneu de speed até Porto Alegre. Eu fiquei boquiaberto com o lance do Erich. Comentei com ele, ele riu e me contou mais uma meia dúzia de causos e cheguei à conclusão que para ele funciona assim. Só não reproduzo aqui para evitar de ser chamado de mentiroso. Para quem viu Forest Gump, é mais ou menos por aí... Conversem com ele! Gostei tanto da solução do pneu de speed na frente que vou usar sempre daqui para frente. Já comprei pneus e câmaras com o Klaus. E, se algum novato me perguntar por que uso pneus diferentes na frente e atrás irei responder que esta uma característica que permite identificar com facilidade uma bicicleta do tipo “híbrida”. Ah bom!

... A experiência de poder contar com tanto apoio e solidariedade é peculiar. Para mim o Audax tinha acabado duas vezes (uma vez quando o pneu estourou, a segunda quando o bacalhau furou). Até comuniquei à Ninki que precisaria de resgate. Mas os companheiros quiseram de outra forma. A eles dedico um profundo muito obrigado e a conclusão deste Audax!

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